Massacre no Sudão que ninguém fala, se fosse na França éramos todos o famoso”Je suis”

Desde abril deste ano, o Sudão passa por um verdadeiro caos. Os últimos dias do país foram marcados por um brutal massacre – que foi acobertado pelo atual Governo em formação – contra a população civil.

Nos últimos tempos, existe praticamente uma guerra acontecendo no país africano. Em Cartum, um massacre desolou a população sudanesa

Para tentar abafar o assunto o Governo sudanês desligou a Internet de todo o país durante pelo menos uma semana, de acordo com o Financial Times.

Os dados estão desatualizados e é difícil conferir a realidade dos ocorridos, mas já se sabe que as forças do Conselho Militar do Sudão mataram mais de 100 pessoas, violaram também outras 70 e feriram ainda mais de 500 pessoas.

As Nações Unidas (ONU) também já denunciaram o caso: “Exijo a cessação imediata e completa de toda a violência contra civis e também das violações feitas“, afirmou, em comunicado, o enviado especial da ONU para Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten. Já António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, também pediu uma “investigação rápida de todas as alegações de violência e violação“.


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O cenário caótico tem sua origem relacionada com a saída, ainda mal explicada, do presidente Omar al Bashir. Omar al-Bashir foi acusado de corrupção e enriquecimento ilícito.

Autoridades militares dizem que não deram ordem para a repressão dos protestos em Cartum.

O Presidente do Sudão deposto pelos militares em Abril, Omar al-Bashir, apareceu nesta segunda-feira em público pela primeira vez para, no tribunal, ouvir as acusações de que é alvo.

Segundo a AFP, Bashir foi transportado desde a prisão até Cartum por uma coluna de veículos militares e membros das forças de segurança fortemente armados.

Este senhor chegou ao poder em 1989, na sequência de um golpe de Estado, e foi destituído a 11 de Abril, depois de meses de contestação popular — um protesto que começou em Dezembro do ano passado quando o preço do pão triplicou.

Bashir é ainda alvo de investigações pela morte de manifestantes durante a repressão da contestação e tem um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI), que quer julgá-lo por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra no Darfur, onde, segundo a ONU, morreram 30 mil pessoas.

Após a queda de Omar al-Bashir, milhares de manifestantes permaneceram nas ruas exigindo que os militares cedam o poder aos civis.
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As manifestações continuaram no Sudão, pois a população ainda sofre com a crise econômica e pela falta de produtos básicos. No início do mês, o exército invadiu um acampamento envolvido com os protestos contra a situação na capital de Cartum. Nessa ocasião, segundo a OMS, as 100 pessoas citadas foram mortas.

A 3 de Junho, o protesto foi reprimido e, segundo um balanço de uma organização médica, 128 pessoas foram mortas desde 3 de Junho. As autoridades referiram-se a 61 mortos.

“Estamos a trabalhar arduamente para enviar para a forca os que fizeram isso”, disse nesta segunda-feira o número dois do regime militar, general Mohammed Hamdan Daglo.

O atual governo já admitiu duas vezes que há abusos ou crimes sendo cometidos no país, mas repudiam qualquer proposta de intervenção internacional. O Conselho Militar do país chegou a prometer uma investigação dos eventos e a prisão dos envolvidos.

Presidente Omar al Bashir, que esteve no poder 30 anos. Após a queda de Bashir, e durante vários meses, aconteceram protestos nas ruas do país africano por causa da situação económica precária e falta de bens de consumo.

Membros do Conselho Militar do Sudão já admitiram que cometeram abusos. O porta-voz do Conselho, que lidera o governo interino sudanês, revelou também que já está a decorrer uma investigação sobre as denúncias e afirmou que várias elementos já foram presos.
Por fim, e numa entrevista que aconteceu na passada Quinta-Feira (dia 13), o general sudanês Shams Eddin Kabashi assumiu que os crimes foram “dolorosos e ultrajantes” e rejeitou pedidos de intervenção internacional.

Infelizmente NINGUEM fala sobre os golpes de estado, massacres e sofrimento dos povos na África.

Ninguem é africa.

Se fosse na França, Bélgica, Espanha … todos eram o famoso ” je suis ” …mas Sudão. ..

Ninguém é Sudão.

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