Morreu o Sr. Manuel.
Era Português, perdeu tudo no fogo de Pedrógão Grande, viu o seu Chefe de Estado, o confortar na hora da desgraça e ajudar a secar suas lágrimas, na hora em que perdia o que lhe levou uma vida a construir com suor e muito sacrifício.
Ao Sr. Manuel prometeram que teria um tecto para passar o Natal passado.
O Senhor Manuel partiu já se foi não viu nada do que lhe foi prometido, não recebeu nada a não ser uma fotografia com o seu chefe de Estado, no dia mais terrível da sua vida.
O Sr. Manuel viu erguerem-se casas para quem nada perdeu.
Presidente Marcelo, o Presidente da República é o garante da soberania o defensor de todos os cidadãos, por isso é chefe das forças Armadas, tem o direito de vetar leis e de dissolver a Assembleia da República.
O Sr. Manuel não quis esperar por mais um Natal de afectos cínicos e de promessas de que “pró ano é que é”.
O caso do Senhor Manuel ( Senhor sim é com um S bem grande) é o possível caso de muitos anónimos Portugueses, que são honestos, trabalhadores, e não ladrões como os que vemos o estado proteger e defender, aqui nunca se viu a presença dos direitos humanos, e quase no seu último suspiro ainda pediu ao filho para ir a Câmara para ” apertar com eles” esses mesmos que satisfazerem os seu bolso é o dos seus com a generosidade de um povo solidário com a tragédia, sabendo que a impunidade e a roubalheira compensa.
Os nossos sentidos pêsames a família do Senhor Manuel, que sua alma esteja em Paz.
Que Portugal Acorde de coletes Amarelos ou sem coletes.
O que aconteceu ao Sr. Manuel é a imagem da podridão deste País.
Descanse em paz, Sr. Manuel
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