Na escola todos a chamavam de Corcunda de Notre Dame. Anos depois o que ela mostra ao Mundo, deixa qualquer um sem palavras.

Atualizado em 12 Janeiro, 2019

Rebecca Dann sabe muito bem como palavras e olhares podem magoar profundamente. A jovem de 22 anos do Reino Unido tem sido alvo de provocações e olhares desde que era pequena, e tudo porque ela tem uma aparência um pouco diferente.

Uma foto publicada por beckydann (@beckydann) a

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Rebecca sofre de cifoescoliose, condição que causa uma curvatura anormal na parte superior da coluna. Quando foi diagnosticada com a doença aos quatro anos de idade, a jovem não imaginava o quanto ela afetaria a vida da menina. Ela não sofria apenas com a dor física causada pela doença, como também sofria bullying das outras crianças na escola. Por ter uma aparência diferente dos colegas, Rebecca era frequentemente excluída e chamada de nomes, como “Corcunda de Notre Dame”.

A doença assombrou a infância de Rebecca. Uma operação na sua coluna teria sido muito perigosa, pois ela era muito magra. E como se sua vida já não fosse difícil o bastante, aos nove anos Rebecca descobriu que a curvatura de sua coluna eventualmente danificaria seus nervos e a impossibilitaria de andar. Em breve, ela ficaria presa a uma cadeira de rodas.

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Apesar de tudo pelo que passou, Rebecca ainda se recusava a deixar sua condição controlar sua vida. Após acabar a escola, ela foi atrás do seu sonho de se tornar uma fotógrafa. Ela começou por estudar Artes em Farnham, na Inglaterra, e durante a licenciatura ela focou no tema que lhe tocava profundamente: a visão ignorante e desprezível que a sociedade tem das pessoas com deficiências. Isso resultou em um projeto fotográfico impressionante, no qual ela se expos ao Mundo.

Rebecca deu o nome de “I’m Fine” (“Eu Estou Bem”) ao projecto, que consiste em uma série de auto-retratos que revelam o seu corpo, incluindo suas costas deformadas, com autoconfiança.

“Originalmente, eu comecei o projecto explorando como era ter uma vida amorosa sendo deficiente, mas lentamente se tornou um projecto sobre auto-aceitação”, explicou Rebecca. “(Ele é) uma mistura de desafio à percepção das pessoas em relação a beleza e deficiências com a minha mensagem de que ‘eu estou bem’. Eu não vou sucumbir e eu sou como todo mundo, mesmo com minha deficiência.”

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A fotógrafa jovem e talentosa inscreveu seu projecto num concurso de fotografia chamado “A World of Unfairness” (“Um Mundo de Injustiças”), e ninguém se surpreendeu quando ela conquistou o primeiro lugar. E junto com a conquista, ela também ganhou o coração de muitas pessoas. Ela até recebeu um prémio por sua coragem, que lhe foi entregue pelo famoso físico Stephen Hawking.

“Não olhem para mim e vejam as minhas costas e me desprezem”, diz Rebecca. “Eu sou igual a ti!” E essa é uma afirmação que virou uma espécie de lema. É óptimo ver alguém como Rebecca se impondo e gritando para ser ouvida. Esperamos que sua mensagem chegue a todos que precisam entender que pessoas com deficiências têm tanto lugar na sociedade quanto qualquer um de nós.