Jumbo penaliza funcionarios que recusam fazer horas extra

Sindicato acusa Jumbo de Almada de penalizar trabalhadores que recusaram trabalho extraordinário.

O Auchan/Jumbo quis impor horários de 10 horas por dia em Dezembro, sem pagar horas a mais. Sindicato emitiu pré-aviso de greve e denuncia que, agora em Janeiro, o Jumbo reduz horário de trabalho e diz que vai descontar horas.

 

O CESP (sindicato dos trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços) acusa o Jumbo / grupo Auchan Portugal Hipermercados S.A. de querer castigar os trabalhadores “que ousaram não trabalhar horas sem receber”, em Dezembro, e de de “em Janeiro, reduzir os horários para penalizar salários”.

Segundo o sindicato, em Dezembro passado o Jumbo “insistiu em colocar nos mapas de horário 10 horas diárias, em vez das 8 horas diárias normais, elevando o horário semanal das normais 40 para 44 ou 46 horas”. Perante esta situação, a comissão sindical pediu à empresa que os trabalhadores fossem dispensados de prestar trabalho a mais não remunerado, o que o Jumbo rejeitou. Face à recusa patronal, o sindicato emitiu um pré-aviso de greve para que os trabalhadores pudessem recusar trabalhar para além das 8 horas diárias e 40 horas semanais.

Agora, em janeiro, o Jumbo reduz horários de trabalho, “atribuindo descansos a mais aos trabalhadores que estes recusam por a eles não terem direito”, e diz que vai descontar horas aos trabalhadores.

“Não pode vingar-se ou castigar os trabalhadores que cumpriram o seu horário normal de trabalho e ainda usaram do direito à greve para não trabalhar horas a mais.”, destaca o sindicato.

E denuncia que o Jumbo/Auchan “insiste em criar problemas aos trabalhadores a somar aos intensos ritmos e cargas de trabalho, com poucos trabalhadores para as reais necessidades que o volume de trabalho impõe, agora ainda os querem castigar com desconto de horas trabalhadas”.

O sindicato informa que fez queixa à ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho), que já visitou a empresa, e saúda os trabalhadores do Jumbo de Almada e a sua “luta em defesa do direito a horários de trabalho dignos e que permitam conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar”.