VERGONHA: Mais uma vez relacionada com o INEM

Atualizado em 12 Setembro, 2018

Este testemunho esta a circular o Facebook mais uma vez sobre polémica relacionada com o INEM e o  funcionamento da emergência médica em Portugal.

Leiam e avaliem a situação:

 

Vergonha! Vergonha! Vergonha!
Ninguém me contou, não vi na televisão e não li em nenhum jornal.
Fui parte ativa e procurei, na medida dos possíveis, ajudar numa situação de emergência. Posso por isso testemunhar a triste realidade que presenciei. Circulava de moto junto do Campo Grande, em Lisboa, perante alguma agitação e gritos numa ciclovia parei para procurar ajudar.
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Percebendo que se tratava de um pessoa caída no chão tentei de imediato ganhar tempo e ligar para o 112. Por mais de 2 minutos ninguém me atendeu. Desliguei. Tentei um segundo contacto e apesar de tocar ninguém do outro lado para responder. Apuro que se trata de uma criança de seis anos que num forte embate com uma bicicleta perdeu os sentidos. Perante os gritos de desespero da mãe, alguém me dá o telefone e diz-me que tem o 112 finalmente em linha e pede-me para ajudar. Percebo mais tarde que é o pai da criança que procura acalmar a mãe e que a menina reaja. Peço uma ambulância com urgência máxima para uma criança que perdeu os sentidos num choque com uma bicicleta. Pede-me indicações concretas do local. Digo Jardim do Campo Grande no cruzamento com a Avenida do Brasil. “Mande a ambulância com urgência que estão já várias pessoas junto do local e será fácil localizar”. Pede-me uma morada do local. Eu digo já em desespero: “mande-me uma ambulância com urgência para o jardim do Campo Grande por favor, rápido”. Responde-me o operador: “Eu não sou de Lisboa. Estou no Porto. Não conheço. Preciso de indicações do local”. Já em desespero… reforço o apelo para mandar uma ambulância para o Campo Grande junto da Alameda da Universidade. Pede-me que fique junto do telefone porque pode surgir alguma dúvida do local. Passados 6 a 8 minutos alguém liga a pedir mais informações e de novo o local onde me encontro. Entretanto uma socorrista que por ali fazia exercício procura manter a criança estável na posição depois de ter recuperado os sentidos. Procuro dar as indicações da situação e reforço o pedido de uma ambulância com urgência. Passam mais 10, 12 minutos e perante desespero dos familiares da criança e pessoas que lá estavam perguntam-me pela ambulância. Eu digo que já vem a caminho. A acreditar nisso, mas nada de sinais da mesma. Volto a ligar para o 112, desta vez sou atendido em pouco tempo e pergunto pela ambulância para o Campo Grande. Resposta: “Um momento, vou passar para o INEM”. Atende o INEM que me diz a ambulância saiu já há 5 minutos. Algumas pessoas já exaltadas no local perguntam como é possível? Dizem “vergonha, vergonha, vergonha”. Peço para que este não é o momento para procurar tirar satisfações ou confrontar quem chega para ajudar. Apelo a que se concentrem no mais importante que é a criança para que possa seguir para o hospital mais próximo. Finalmente a ambulância chega, 20 a 25 minutos depois do pedido de socorro. Ainda tenho de segurar um homem forte e entroncado que se descontrola emocionalmente e quer tirar satisfações ao primeiro elemento do INEM que sai da carrinha perguntando como é possível tanto tempo para socorrer uma criança. Puxo-o e procuro acalmá-lo de novo.
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Diz-me que tem uma filha e que isto não pode acontecer.

Depois dos procedimentos normais nestes casos delicados, finalmente a criança segue para o Hospital de Santa Maria, que fica a menos de 2 quilómetros de distância.
Respiro fundo e parto com uma certeza. O funcionamento da emergência médica em Portugal é uma vergonha. Isto passou-se em Lisboa, imagino noutros locais.
Não questiono a dedicação e entrega dos profissionais e as condições em que muitas vezes têm de trabalhar. Não é isso que aqui está em causa. É sim toda uma organização miserável que faz funcionar desta maneira sem capacidade de resposta uma emergência médica.
Volto a referir que ninguém me contou e não vi na televisão. Testemunhei todo o processo e só encontro uma palavra para o classificar: “VERGONHA”.

Segundo este testemunho o que acham do nosso sistema de saúde?

Tal como se leu em vários comentários imagine-se se fosse noutro sitio?

Imagina uma pessoa tem um assidende na zona de ALCOUTIM o Hospital mais próximo fica a mais de 100 quilômetros que é em Faro para quando um Hospital para beneficiar 4 conselhos ALCOUTIM CASTRO MARIM VILA Real De Santo António e Tavira Lisboa é um paraiso em relação ao Algarve aqui as pessoas morrem a espera de secorro não ha Hospitais a menos nestes 4 CONSELHOS não há nenhum Hospital

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INACEITÁVEL!!!!!! Mais uma vez desorganização dos órgãos do estado e a inversão de valores e prioridades do mesmo, voltam a dar provas que a realidade em que vivemos, atribui valor ZERO à vida humana!! 
Deus queira que a criança recupere bem, e que depois desta tempestade, que a própria família, testemunhas e outras víctimas que passaram pelo mesmo, se juntem reajam em conformidade e que justiça seja feita!!!

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